Ponto de Cultura ICA abre vagas para oficinas gratuitas
Projeto do Instituto Cultural Aruanda oferece aulas de Teatro, Violão
e cavaquinho, Artes plásticas e Hip Hop à comunidade de Bauru
Na agenda das novas atividades do Ponto de Cultura Instituto Cultural Aruanda (ICA), já estão confirmadas quatro oficinas totalmente gratuitas com início neste mês de outubro: Teatro, Violão e cavaquinho, Artes plásticas e Hip Hop. As aulas começam a partir do dia 18 e serão ministradas por profissionais específicos de cada área, com suporte de profissionais voluntários, e todo o material necessário para a realização das atividades será oferecido gratuitamente aos alunos.
As oficinas são destinadas a jovens a partir de 14 anos e adultos, de todas as regiões de Bauru, e ocorrerão na sede do instituto, na rua Albuquerque Lins, 6-24, na Vila Falcão. Para atender o maior número possível de participantes, as inscrições para as atividades serão realizadas no dia de início de cada oficina, quando serão feitas a triagem e recepção dos interessados e divulgadas as informações sobre as aulas.
Na oficina de Teatro, que ocorrerá às terças-feiras, das 16h às 18h, a partir do dia 18 de outubro, serão trabalhadas as teorias e dinâmicas cênicas, montagens teatrais, criações, adaptações, encenações e intervenções, com a professora Cárita Betete. Às quartas-feiras, das 14h30 às 16h30, será oferecida a oficina de Artes plásticas, com Vânia Lopes, cujo foco será o desenvolvimento de habilidades manuais artísticas, o conhecimento dos principais estilos e estéticas e a produção de peças e obras, com início no dia 19.
A oficina musical de Violão e cavaquinho ocorre a partir do dia 22, aos sábados, das 9h às 11h, com Ivan Melillo, e envolve o ensino técnico dos instrumentos, leitura de partituras e cifras e desenvolvimento da musicalidade. Também com início no dia 22, e sempre aos sábados, das 15h às 17h, Ricardo Dias ministra as aulas de Hip Hop, explorando teorias e dinâmicas, como as expressões artísticas de rua, a caracterização do movimento e a montagem de coreografias.
De acordo com a Gestora Cultural do ICA, Júlia de Lucca, a proposta envolve conhecer e reconhecer a dimensão cultural que cada participante manifesta e apresenta potencial de desenvolvimento; reelaborar e explorar conteúdos e práticas e apresentar suas diversas manifestações – regionais, sociais, antropológicas, etc. “Dessa forma, pretende-se agregar valor à cultura popular brasileira, desde a formação de conceitos até a manifestação de habilidades, ressaltando sua importância na formação da cidadania e do patrimônio cultural de Bauru e do país”, explicou.
Segundo o presidente do ICA, Rodrigo Queiroz, o número de turmas para cada oficina irá aumentar gradualmente ao longo dos anos de trabalho; a estimativa é de que 124 alunos sejam atendidos anualmente nos primeiros dois anos do projeto e 220 alunos estejam cursando oficinas no terceiro ano, somando mais de 100 horas mensais de atividades. “Assim, ao final do primeiro triênio, 460 alunos terão sido envolvidos no reconhecimento, interpretação e valorização das manifestações artísticas populares, compondo um grande corpo de colaboradores, aptos a trabalhar na criação e participação de eventos educacionais e culturais da cidade, tanto dentro quanto fora do instituto”, destacou.
Rodrigo Queiroz acrescenta que o Ponto de Cultura não deve ser visto como um passatempo, mas como um ambiente para a formação humana dos envolvidos, que, capacitados e dotados de maior censo crítico, poderão desenvolver ações de transformação para um mundo melhor. Para o presidente do ICA, a programação focada na arte, cultura, lazer e bem-estar é essencial para o desenvolvimento pleno e sólido dos jovens: “Com essas atividades, podemos ainda descobrir e estimular grandes talentos; futuros violonistas, atores, artesãos, entre outros”.
Ao final de cada ano do projeto, será realizada uma mostra com os resultados das oficinas e apresentações dos alunos. Todas as atividades serão registradas ao longo dos trabalhos a fim de compor um material audiovisual, que será compartilhado nas mídias virtuais do ICA, integrando o acervo do Ponto de Cultura, e entregue à Secretaria Municipal de Cultura ao término do projeto, como patrimônio cultural da cidade.
Ponto de Cultura
Com o projeto “Amostras e Mostras da Cultura Popular Brasileira”, selecionado entre 20 concorrentes no edital de 2010 da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), o ICA passou a ser Ponto de Cultura, integrando o programa Pulsando o Brasil, do MinC, e ampliando o destaque de Bauru no cenário das vilas culturais, espalhadas por todo o país.
Com essa conquista, o instituto tem expandido suas atividades de vivência, promoção e valorização da cultura brasileira e afro-brasileira, entendendo que os saberes e práticas adquiridos ao longo da trajetória do instituto podem ser utilizados para o proveito cada vez mais amplo da comunidade, como ação social de benefício à cidade de Bauru e região e à cultura popular de todo o país.
Nessa perspectiva, a conquista no edital dos Pontos de Cultura permitiu mobilizar forças e somar profissionais para a realização de novos projetos. Além das quatro oficinas culturais que iniciam nesse mês de outubro, uma série de novas propostas e atividades em benefício da população estão sendo programadas, como outros cursos e workshops; exibição de filmes, documentários temáticos e peças audiovisuais produzidas pela comunidade, por meio do Cine ICA; promoção de festas populares e apresentações e exposições artísticas.
Uma programação especial também está sendo preparada para o mês de novembro, em comemoração aos 7 anos do instituto. A agenda inclui a estréia do Cine ICA, com a exibição do filme brasileiro “Cafundó”; apresentações de samba, percussão, capoeira e hip hop, além de palestra e jantar especial. Para 2012, já estão programadas mais duas oficinas culturais: Percussão, integrando as atividades musicais, e Audiovisual, que envolverá o ensino de ferramentas de artes gráficas e visuais, edição de áudio e vídeo, capacitação de mão-de-obra, operação de equipamentos e produção de peças audiovisuais.
Ao longo dos três anos de desenvolvimento do projeto, a iniciativa pretende, inicialmente, gerar 12 empregos formais e beneficiar cerca de 2 mil bauruenses, entre 14 e 80 anos, de diferentes classes econômicas e níveis culturais, interessados em conhecer, analisar, transmitir e difundir manifestações da cultura popular – no âmbito da música, teatro, movimento Hip Hop e artes plásticas e visuais, entre outros. Com a plataforma virtual do ICA, o resultado dessas atividades também será estendido a cerca de 5 mil pessoas pelo mundo, abrindo portas para novas parcerias e expansões.
Com o início das novas atividades, a diretoria e os membros do instituto estão agora empenhados na adequação do espaço físico do Ponto de Cultura, anexo às instalações do ICA na Vila Falcão, na divulgação do início das oficinas e outras atividades e na busca do apoio de instituições públicas e particulares que se interessem em abraçar a causa como novos parceiros, a fim de expandir ainda mais esses serviços à comunidade.
Segundo Júlia de Lucca, estão sendo tomadas diversas medidas que asseguram a seriedade e compromisso do ICA com a comunidade e com o convênio dos Pontos de Cultura: “Estamos adquirindo equipamentos de última geração para sonorização do ambiente, estruturação do Cine ICA e completa informatização do ponto, além de instrumentos musicais, quites de artes plásticas, acervo fono e bibliográfico, entre outros”.
Para Rodrigo Queiroz, esta é uma ótima oportunidade para unir forças com instituições e empresários da cidade em prol de uma causa maior: “Buscamos parceiros econômicos com o interesse de agregar valor aos seus empreendimentos, vinculando-os a iniciativas socioculturais, e que, na inviabilidade de desenvolver ações solitariamente, unem-se a outras iniciativas com a preocupação real de colaborar na promoção de ações para um mundo melhor”, destacou.
Trajetória
Idealizado e criado pelo filósofo, professor, escritor e sacerdote de Umbanda Rodrigo Queiroz em 2004, o Instituto Cultural Aruanda (ICA) firmou-se oficialmente como associação civil em 2006, com o objetivo de promover e realizar atividades de divulgação e valorização da cultura brasileira e afro-brasileira, além de campanhas comunitárias de cunho assistencial, sem fins lucrativos.
O foco inicial em Bauru e região acabou expandido em nível nacional e internacional, por meio da criação e repercussão de um jornal e uma revista, distribuídos por todo o país, e de um canal de TV e uma rádio via web, que veiculam matérias, entrevistas, debates e palestras sobre cultura, ciência, política e religião.
Com grande destaque para a promoção das manifestações religiosas afro-brasileiras, o instituto abriga ainda uma plataforma virtual EAD (Educação a Distância) que oferece diversos cursos, acessada por mais de 1.500 alunos, do Brasil, Japão, Espanha, Venezuela, Estados Unidos e Portugal.
Dessa forma, o ICA vem se destacando, de Bauru para o mundo, como um importante instrumento de divulgação da religiosidade e da cultura oral e popular brasileira e afro-brasileira, promovendo o estudo e a afirmação da liberdade de crenças, a valorização dos festejos populares e da educação ambiental, a produção artística e cultural e a assistência à comunidade.
Serviço
Oficinas culturais:
Teatro – Às terças-feiras, das 16h às 18h, a partir de 18/10
Artes plásticas – Às quartas-feiras, das 14h30 às 16h30, a partir de 19/10
Violão e cavaquinho – Aos sábados, das 9h às 11h, a partir de 22/10
Hip Hop – Aos sábados, das 15h às 17h, a partir de 22/10
Núcleo de Comunicação/ICA
Tássia Zanini
