Quarenta espetáculos, entre atrações
nacionais e internacionais, do cinema e artes visuais, do jazz à música
erudita, com entrada franca, nos principais palcos da cidade. O
Encontro de Arte de Belém começa nesta quinta-feira (1º) e segue até o
dia 9 de dezembro, em mais uma edição de um dos mais tradicionais
eventos de arte da capital, realizado desde 1973.
Na extensa grade de programação,
artistas consagrados no Brasil, como o violinista Fredi Gerling, a
pianista Cristina Capparelli e a violoncelista Milene Aliverti, e as
atrações internacionais: o regente francês Philippe Forget e o pianista
americano Jeff Gardner, um dos ícones do jazz na atualidade.
Organizado pela UFPA, através do
Instituto de Ciências da Arte e sua Escola de Música, o Enarte é
realizado em sete dos principais teatros e espaços culturais da cidade: o
Theatro da Paz, o Sesc Boulevard, Espaço São José Liberto e Arte Doce
Hall estão entre eles.
Na Praça Batista Campos acontecerá um
dos shows mais esperados: Derico, saxofonista do sexteto do Jô, se
apresentará ao lado de seu irmão, o pianista Sérgio Sciotti, formando o
Duo Sciotti. No mesmo palco se apresentará o grupo paraense de pop rock
Beatles Forever, afirmando a superação do evento quanto a
ultrapassadas divisões entre arte erudita e popular.
Ainda na linha da fusão das artes
chamadas eruditas ou populares, se apresentará a Orquestra de Música
Latina, com os arranjos do regente Leonardo Coelho de Sousa para salsa,
merengue, samba, frevo e outros ritmos brasileiros e cubanos; e se
apresentará no Theatro da Paz a Orquestra de Violoncelistas da Amazônia,
consagrada por seus jovens violoncelistas roqueiros, que com idades
entre 13 e 17 anos já possuem carreira internacional.
O pianista Leonardo Coelho também mostra
seu mais novo trabalho, o disco “Joá”, ao lado de Ney Conceição e
Lúcio Vieira, nomes de peso que já tocaram com Maria Betânia, Gilberto
Gil, entre outros. “Joá” valoriza a música popular regional em diálogo
com o jazz e o clássico mundial.
A programação traz ainda o Sexteto de
Sete, grupo de câmara que valoriza a música clássica e moderna regional e
brasileira; o recital de violões Ritmos da Amazônia de José Maria
Bezerra; as Óperas Bastião e Bastiana de W. A. Mozart, coordenada e
adaptada por Madalena Aliverti, e Orfeo, com regência de Philippe
Forget; a Noite de Canto Lírico e o lançamento do CD e recital do Arcor
Trio serão também alguns dos grandes momentos deste evento.
Cinema, música e ópera
OEnarte exibe também a mostra Cinema e
Música organizada pelo curso Bacharelado em Cinema e Audiovisual da
UFPA. A programação trará títulos de grandes personalidades da MPB, como
Tim Maia, Jards Macalé, Walter Franco e Mutantes, e será o marco de
lançamento do No Ar Cineclube, espaço de discussão sobre audiovisuais do
Curso de Bacharelado em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal
do Pará.
Entre os dias 2 e 4 de dezembro, serão
exibidos, sempre às 16h, alguns dos mais importantes documentários
nacionais sobre os ritmos brasileiros. Títulos raros, disponíveis graças
a Programadora Brasil, serviço do Ministério da Cultura, criado pela
Secretaria do Audiovisual, Cinemateca Brasileira e Sociedade Amigos da
Cinemateca, ao qual o curso de Cinema e Audiovisual da UFPA é associado.
Na sexta-feira, abrindo a mostra, será
projetado na capela do São José Liberto o filme “Música de Invenção”,
que traz seis curtas metragens que apresentam a inventividade de que a
música brasileira é capaz. Será exibido também “Ritmos Brasileiros”, no
dia 4, que abre o debate sobre o talento do artista brasileiro para
criar e combinar ritmos musicais.
ÓPERA
Coordenado pelas professoras Adriana
Azulay e Adriana Couceiro, diretoras da Escola de Música do Instituto de
Ciências da Arte da UFPA, o Enarte aposta ainda na música erudita.
Entre os destaques, a ópera “Bastião e Bastiana”, dirigida pela cantora
lírica Madalena Aliverti.
O espetáculo é a releitura amazônica de
“Bastian und Bastienne”, de Mozart. Os protagonistas, antes camponeses,
viraram caboclos. Já o mago Colas agora é um índio capaz das mais
diversas encantarias para unir novamente o casal.
“A ópera foi livremente adaptada para o
português, porém sem perder a melodia das músicas e a essência da
história”, afirma a diretora, que também atua e canta no espetáculo,
Madalena Aliverti, cantora lírica e professora de canto do Conservatório
Carlos Gomes e da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Belém
(PA). “O público se diverte e interage já que a música está em
português e todo mundo capta a ideia bem rápido”, afirma.
Fonte/:http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-146812-ENCONTRO+DE+ARTE+DE+BELEM+CHEGA+A+38%C2%AA+EDICAO.html
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