Na data em que se comemorou o Dia do Teatro, 27 de março, um artista
cênico potiguar realizou um protesto silencioso em prol de criação de
políticas públicas de cultura e arte. O jovem ator Ênio Ewerton de Sá
Cavalcante passou 24 horas em frente ao Teatro Alberto Maranhão vestido
com uma cabeça de elefante prateada, uma analogia à geografia do Rio
Grande do Norte, e envolvido pela bandeira do Estado. Como se não
bastasse, ele ficou sem comer nada durante todo o período, tudo na
tentativa de chamar atenção e sensibilizar a sociedade e os políticos
contra a falta de investimentos na área.
Segundo Ênio, o governo não apresentou projeto consistente que incentivasse a arte local. "Para arte ser o que deve ser é necesário fomentar o artista. O artista precisa criar sua obra e isso custa caro. O estado tem plenas condições de executar, mas não o faz", disse. O ator disse ainda que os eventos ditos "culturais" promovidos pela atual gestão não têm contribuído para a formação de cidadãos, assim como para a arte como parte da cultura norte-rio-grandense.
"Meu protesto é para que as pessoas se conscientizem que não precisamos viver na política do pão e circo. A arte é bem mais do que shows. Precisamos tirar nossos jovens das ruas, do mundo das drogas, ajudá-los a superar a violência doméstica e arte pode agir como peça fundamental para isso", afirmou.
Reação
Ao ser questionado sobre como a população estava reagindo ao protesto, Ênio informou que a única pessoa que parou para falar com ele foi um pastor de uma igreja que fica próxima ao TAM. "Ele tentou me evangelizar, tentou me convencer a tirar a máscara. Fora isso, algumas pessoas olhavam para mim e faziam movimentos com a cabeça em sinal de aprovação".
Em um país onde a maioria da população tem que escolher entre comprar o pão de cada dia e ir ao teatro, Ênio ainda foi enfático ao declarar que "as atividades culturais precisam de incentivo de gestores para que sejam barateadas e, assim, de acesso a todos. Mas para isso é necessário que se faça também uma mobilização social".
Do Diario de Natal
Fonte: http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120328122152&assunto=134&onde=Viver
Segundo Ênio, o governo não apresentou projeto consistente que incentivasse a arte local. "Para arte ser o que deve ser é necesário fomentar o artista. O artista precisa criar sua obra e isso custa caro. O estado tem plenas condições de executar, mas não o faz", disse. O ator disse ainda que os eventos ditos "culturais" promovidos pela atual gestão não têm contribuído para a formação de cidadãos, assim como para a arte como parte da cultura norte-rio-grandense.
"Meu protesto é para que as pessoas se conscientizem que não precisamos viver na política do pão e circo. A arte é bem mais do que shows. Precisamos tirar nossos jovens das ruas, do mundo das drogas, ajudá-los a superar a violência doméstica e arte pode agir como peça fundamental para isso", afirmou.
Reação
Ao ser questionado sobre como a população estava reagindo ao protesto, Ênio informou que a única pessoa que parou para falar com ele foi um pastor de uma igreja que fica próxima ao TAM. "Ele tentou me evangelizar, tentou me convencer a tirar a máscara. Fora isso, algumas pessoas olhavam para mim e faziam movimentos com a cabeça em sinal de aprovação".
Em um país onde a maioria da população tem que escolher entre comprar o pão de cada dia e ir ao teatro, Ênio ainda foi enfático ao declarar que "as atividades culturais precisam de incentivo de gestores para que sejam barateadas e, assim, de acesso a todos. Mas para isso é necessário que se faça também uma mobilização social".
Do Diario de Natal
Fonte: http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120328122152&assunto=134&onde=Viver
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